Saiba Usar a Cabeça

Livro do Mês - Outubro de 2003

Capa do Livro

Saiba Usar a Cabeça - Aprenda a usar com facilidade as extraordinárias capacidades do seu cérebro

"Saiba usar a cabeça", de autoria de Diana Beaver e publicado, no Brasil, pela Editora Cultrix, São Paulo, foi considerado pela The International Association of Master Trainers, "...o livro mais importante que já se escreveu sobre a arte de aprender". Não sei se, realmente, é a mais importante obra sobre aprendizado. Mas é um dos meus livros de cabeceira. Membro da Association of Neuro-Linguistic Programming, credenciada pela The Society of NLP, Diana Beaver tem um belíssimo e invejável currículo de treinamento em PNL, envolvendo Judith DeLozier, Robert Dilts, Stephen Gilligan, John Grinder, Joseph O'Connor, Ian McDermont, entre outros. Richard Bandler, ao ler o livro, enviou à autora, dedicado ao leitor, o seguinte pós-escrito, um atestado implícito da qualidade da obra e da competência da autora, e uma lição de como se deve aprender:

O Tempo é tão generoso e tão amplo
quanto o seu inconsciente é antigo;
portanto viva e aprenda inconscientemente
Agora.

Poderíamos parar por aqui. Mas, para mostrar ao leitor, a importância do livro, nesse momento em que a Unesco afirma, para vergonha nossa, povo brasileiro, pois que, infelizmente, grande parte de nossos governantes não se envergonham com o fato, 23% dos jovens estudantes de nosso país são "analfabetos funcionais", ou seja, soletram as palavras ou frases, mas não entendem seu conteúdo, a leitura e a prática do conteúdo desse livro em sala de aula, facilitaria bastante a geração de um processo motivacional nos alunos de 1º e 2º graus.

O capítulo inicial, "A Capacidade de Aprender", a Autora alerta que a capacidade de aprender é inata e natural no ser humano, e que se aprende de forma criativa, lúdica, da indução, mas não da imposição.

Lembra que temos cinco sentidos para representar o mundo, cinco sentidos para aprender. Expõe o equilíbrio da lateralidade. Aliás, num dos exercícios, que envolve linguagem ericksoniana (pág. 117), que utilizo muito com os treinandos, num determinado momento ela afirma: "Estou curiosa em saber se você irá ou não se conscientizar, à medida que seus pensamentos forem chegando à cabeça, de como lado esquerdo e o direito de seu corpo podem se adaptar um em relação ao outro. Esses dois sistemas simétricos, criados para funcionar em conjunto, podem estar se permitindo um reequilíbrio depois de um período de separação...." Puro Erickson, leitora, leitor.

Bem, o livro está cheio de truques. E que truques! Por exemplo, você vai aprender como não se aprender. E vai aprender a traçar com clareza o que quer aprender. Vai aprender vendo. Aprenderá ouvindo. Aprenderá sentindo. A confiar no corpo. Vai aprender pelo sabor e pelo cheiro. A formular perguntas criativas. A transformar problemas em desafios. Traçará sua linha de tempo. Será presenteado com software para ler e escrever. A ter intimidades com idiomas estrangeiros, ciência, capacidade de memorizar.

E depois, mentores, metáforas e modelos. Sim, diversos modelos, com ricas estratégias para você modelar. Modelar, por exemplo, Terence Stamp, Judith DeLoizer, e muitos outros figurões da criatividade.

A Bibliografia é riquíssima.

(O único pecado não é da autora, claro, mas do editor brasileiro, que regra geral não coloca em português os títulos de PNL traduzidos no país. E, no entanto, bastaria uma consulta ao Golfinho, onde estão relacionadas todas as obras estrangeiras de PNL editadas no Brasil, com o título adotado aqui e o original).

Compre e leia o livro leitor, indique aos professores, induza-os a que coloquem em prática as lições de como ensinar e aprender, e não teremos mais vergonha das estatísticas apresentadas pela UNESCO.

Brevemente publicarei em Golfinho (em PNL na Escola) o modelo que estamos utilizando para melhorar o aprendizado da garotada - notarão que muito das proposições foram bebidas em "Saiba usar a Cabeça".

Comentário de João Nicolau Carvalho,
professor universitário, Trainer em PNL, Coach certificado