PNL na Educação - Uma oportunidade magnífica

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ter, 15/02/2000

Introdução

Quando eu lecionava matemática, muitas vezes percebia que alguns alunos ficavam olhando distraídos pela janela. Eu imaginava o que aconteceria em suas mentes que fazia com que eles não gostassem de matemática. Eu queria poder "abrir suas cabeças e olhar dentro delas para ver o que estava se passando". Eu não podia fazer isto naquela época, mas posso fazer isto agora - metaforicamente. Faço isto com a Programação Neurolinguística (PNL).

O fato de poder fazer isto agora proporciona várias oportunidades magníficas para mim mesmo e para os estudantes com quem trabalho. Os alunos não precisam mais ficar desmotivados na escola - eles podem ser motivados por suas próprias estratégias inatas de motivação. Eles não têm mais que ter desinteresse por certas matérias - eles podem aprender a estrutura do interesse e aplicá-la a qualquer matéria. Eles não têm mais que não saber como aprender - eles podem aprender as melhores estratégias de aprendizagem para TODAS as tarefas acadêmicas. Eles não têm mais que ficar traumatizados com as notas baixas nas provas - eles podem aprender a aceitar os resultados com o propósito de aprimorarem-se em vez de sentirem-se fracassados. Eles não têm mais que ser rotulados como tendo uma deficiência de aprendizagem - nós podemos compreender a forma diferente de suas mentes funcionarem e ensiná-los a usar suas mentes na escola de maneira que realmente funcione.

Antes da PNL, este tipo de oportunidade era aleatória. Talvez um professor intuitivo ou mediúnico tivesse uma ideia, ensinasse ao aluno e isto funcionasse. Mas isto também podia não funcionar com todos os alunos. Então, a ideia podia perder-se ou perder sua credibilidade. E, visto que o professor não podia codificar a estrutura da ideia no nível do processamento, era difícil ensiná-la a outros de maneira que tivesse alguma credibilidade. A PNL nos dá a tecnologia para eliciar todos estes padrões de aprendizagem, codificá-los e ensiná-los a outros. A PNL nos dá a tecnologia para descobrir, NO NÍVEL DE PROCESSAMENTO, como o estudante está bloqueando o seu próprio eu e como fazer para ajudá-lo. Esta é uma época excitante para aqueles que se importam com os estudantes e que querem ser uma influência positiva em suas vidas. É também uma época excitante para aqueles que querem fortificar nossos processos e sistemas educacionais. A PNL nos oferece uma oportunidade magnífica de afetar, positivamente, as vidas das crianças para sempre, ao trabalhar-se com PNL nas instituições escolares.

Nós, agora, estamos no processo de montar "Uma Rede de PNL na Educação" ("An NLP in Education Network") que atraia profissionais de PNL que partilhem deste sonho. A força original por trás desta rede está no Reino Unido. Seu nome é Jeffrey Lewis e seu endereço de e-mail é: jeff_lewis@noceans.demons.co.uk. O endereço de seu site na Internet é: http://www.new-oceans.co.uk. O número de seu telefone é: 44 (0) 1727 856200.

A Aplicação de PNL na Educação - Como Isto Funciona

Provavelmente, a maneira mais fácil e sucinta de explicar a aplicação de PNL na educação é pelo uso das técnicas de modelagem de PNL e do uso dos Níveis Lógicos de Experiência. Quando estou trabalhando com um estudante que está com dificuldades na escola, eu uso minhas habilidades de modelagem em PNL para eliciar a experiência subjetiva do estudante - nível lógico por nível lógico. Como você sabe, os níveis lógicos de experiência são os seguintes:

Espiritual/Sistema Maior - Os esforços para comunicar-se ou mudar neste nível afetam nossa experiência de ser uma parte de um sistema muito maior. Responde à pergunta "A QUEM MAIS ISTO SERVE?" ou "QUAL É A VISÃO MAIOR?".

Identidade - Os esforços para comunicar-se ou mudar neste nível afetam a autoimagem e o objetivo global. Responde à pergunta "QUEM Sou Eu?".

Crenças e Valores - Os esforços de comunicar-se ou mudar neste nível afetam a motivação e a permissão ao afetar as razões porque fazemos isto. Responde à pergunta "POR QUE EU FAÇO ISTO?"

Capacidades - Os esforços de comunicar-se ou mudar neste nível afetam as ações comportamentais através de um mapa mental, uma habilidade ou uma estratégia. Responde à pergunta "COMO EU FAÇO ISTO?"

Comportamento - Os esforços de comunicar-se ou mudar neste nível afetam as ações específicas empreendidas dentro do ambiente. Responde à pergunta "O QUE EU FAÇO?"

Ambiente - Os esforços de comunicar-se ou mudar neste nível afetam os limites externos dentro dos quais a pessoa tem que viver e reagir. Responde às perguntas "ONDE e/ou QUANDO e/ou COM QUEM EU FAÇO ISTO?"

Os níveis lógicos podem ser descobertos pelos padrões de linguagem do estudante. Então, por exemplo, se um estudante estiver reclamando sobre suas lições de soletração, soará como o seguinte, dependendo do nível que o estudante estiver focalizando:

NÍVEL LÓGICO

 

Espiritual/Sistema Maior

 

Identidade

 

Crenças e Valores

 

Capacidades

 

Comportamento

 

Ambiente

 

AFIRMAÇÃO

 

"A escola é burra por nos fazer aprender a soletrar palavras."

 

"Eu sou burro."

 

"Aprender a soletrar palavras é idiotice."

 

"Eu não sei como aprender a soletrar palavras."

 

"Eu devo escrever 5 ou 10 vezes as palavras para soletrar?"

 

"A sala de aula é muito barulhenta."

 

Então, enquanto o estudante está descrevendo suas dificuldades na escola, eu estou ouvindo através do padrão de níveis lógicos para distinguir em que níveis estão as questões. Uma vez que determino isto, eu uso minhas habilidades de modelagem de PNL para determinar mais especificamente que experiência subjetiva precisa de ajuste. O que descobri com muitos estudantes que têm dificuldades é um grande vazio no nível de capacidade. O vazio está lá porque a maioria das escolas e professores pressupõe que os alunos sabem como aprender matérias acadêmicas. Os alunos são deixados por sua própria conta para entender COMO APRENDER. Um grande número produz estratégias de aprendizagem que não funcionam ou que são ineficientes ou ineficazes. Visto que pressupomos que os alunos sabem como aprender, nós não oferecemos maneiras alternativas e eles continuam a fazer o que sempre fizeram e continuam a ter os mesmos resultados ruins. Muitos levam isto de forma pessoal e assumem que algo está errado com eles. Eles começam a desvalorizar a aprendizagem e a escola. Ou levam isto para o nível de identidade e começam a acreditar que eles são burros ou maus alunos.

A ajuda está disponível em todos os níveis lógicos com a PNL. Ela é precisa e poderosa. Nós sabemos como ensinar aos estudantes estratégias de aprendizagem que realmente funcionam no nível de capacidade. Nós sabemos como afetar positivamente a atitude no nível de valores. Nós também sabemos como mudar as crenças nos três níveis lógicos superiores. As mudanças são rápidas e transformadoras. Isto verdadeiramente se ajusta ao velho ditado "Dê um peixe para um homem e você o alimentou por um dia. Ensine-o a pescar e você o terá alimentado para o resto de sua vida".

Um exemplo de estratégia de aprendizagem no nível de capacidades é a estratégia de soletração/ortografia. Na língua inglesa as palavras não se parecem com o seu som. Assim, nem todas as palavras podem ser escritas corretamente de acordo com o seu som, mas elas podem ser grafadas corretamente de acordo com a sua imagem. Assim, uma estratégia de soletração/ortografia eficaz seria:

1. Consiga uma clara imagem interna da palavra dividida em sílabas.

2. Por meio da imagem interna, soletre a palavra de trás para a frente - da direita para a esquerda.

3. ENQUANTO está vendo a imagem interna da palavra, pronuncie a palavra sílaba por sílaba.

4. Agora soletre a palavra, por meio da imagem interna, da esquerda para a direita.

5. Para mandar a palavra soletrada para a memória de longo prazo, pratique o passo número quatro, de seis a oito vezes por vários dias.

Você soletra a palavra de trás para a frente no passo dois para saber se o estudante tem uma boa imagem interna. Não se consegue soletrar direto uma palavra de trás para a frente a não ser que se faça isto por meio de uma imagem. O passo três organiza o sistema de recordação para que o cérebro traga a imagem quando a palavra for ouvida.

A PNL e as Deficiências de Aprendizagem

A PNL oferece oportunidades MUITO excitantes para os estudantes que foram diagnosticados com deficiências de aprendizagem. As técnicas de modelagem de PNL oferecem as ferramentas precisas que são necessárias para descobrir o estilo diferente de experiência subjetiva deste grupo de estudantes. Muitas vezes, a diferença está no nível de capacidade na forma de estratégias de raciocínio ou aprendizagem. Muitas vezes, a única coisa que é preciso é a adição ou supressão de um simples passo em sua estratégia de aprendizagem. Uma vez que se lida com o passo, o aprendizado pode acontecer.

Dislexia

Um exemplo ocorre na deficiência de aprendizagem chamada dislexia. Nesta deficiência de aprendizagem, uma das reclamações é sobre o estudante não ser capaz de discernir a diferença, por exemplo, entre "b" e "d" ou "6" e "9" ou "p" e "q". O que eu descobri que muitos deles faziam era não ligar o som da letra ou número à imagem. Quando alguém dizia "Escreva um b" o som não trazia a imagem para o estudante copiar. É um negócio simples ensinar o estudante a ligar o som à imagem agora que nós sabemos o que é necessário.

Um outro exemplo foi um menino de nove anos que estava tendo dificuldades para aprender a ler. Ele também havia sido diagnosticado com várias deficiências, inclusive dislexia. A queixa dos pais era que eles liam com ele todas as noites e quando ele encontrava uma palavra que não conhecia, eles pronunciavam-na para ele. Mas então, dois ou três parágrafos mais tarde ele não era capaz de reconhecer a mesma palavra. Quando eles demonstraram isto, tornou-se muito claro para mim o que estava causando o problema. A maioria dos alunos que está aprendendo a ler novas palavras olha PARA A PALAVRA enquanto a pronuncia. Isto liga a imagem ao som. O que o menino fazia era olhar a boca de seu pai quando ele pronunciava a palavra. Ele queria certificar-se que a pronunciava corretamente, então ele olhava a boca de seu pai e imitava o movimento labial. Isto, obviamente, não ligava a imagem ao som e ele não era capaz de reconhecer a palavra mais tarde. Uma vez mais, a solução foi muito fácil de ensinar ao garoto e seus pais.

Distúrbio de Déficit de Atenção (Attention Deficit Disorder - ADD)

Há quatro ou cinco anos atrás eu fiz o NLP Health Training desenvolvido por Robert Dilts, Suzi Smith e Tim Hallbom. Meu projeto era modelar a experiência subjetiva do Distúrbio do Déficit de Atenção (Attention Deficit Disorder) ou ADD. O ADD cria muita confusão em nossas escolas - especialmente se hiperatividade for um dos sintomas. Eu ouvi recentemente um psicólogo referir-se ao ADD como "Uma grande lixeira para despejar todas as queixas sobre os alunos". Eu tendo a concordar com ele.

O Distúrbio de Déficit de Atenção é o estado que algumas pessoas vivenciam e que se manifesta através de vários sintomas que podem incluir um ou mais dos seguintes:

    • Hiperatividade - Eles não conseguem ficar parados. Eles estão constantemente se mexendo e irrequietos. Eles estão embaixo de cadeiras ou mesas ou subindo nos móveis.
    • Impulsividade - Eles movem-se ou mudam de direção rápido demais. Eles estão fazendo uma coisa e então, de repente, começam a fazer outra coisa. Eles "agem antes de pensar!".
    • Distração - Eles não conseguem ficar concentrados em um pensamento ou tarefa. Eles estão executando uma tarefa e o menor ruído os interrompe.
    • Falta de organização - Eles não conseguem executar tarefas mais complexas, que exigem que eles organizem a tarefa maior numa série de passos. Alguém tem que dizer ou mostrar a eles cada passo.
    • Esquecimento - Eles esquecem instruções. Eles esquecem de fazer coisas ou tarefas que foram mandados fazer. Eles começam a fazer algo e esquecem o que tinham que fazer.
    • Procrastinação - Eles têm dificuldade de iniciar e completar tarefas ou trabalhos. Eles estão constantemente adiando fazer as coisas. Parece que eles não conseguem "dar a partida".

    Geralmente estes comportamentos vêm à tona na escola, frustrando tanto os professores quanto os outros alunos que estão tentando aprender. Uma criança com sintomas de ADD pode atrapalhar extremamente a ordem numa situação de sala de aula. O tratamento atualmente aceito, amplamente difundido, é com remédios. Embora para alguns possa ser o único tratamento, há aqueles pais e profissionais que questionam a recomendação de por uma criança em contato com drogas. Observe que a maioria dos sintomas está no nível lógico de comportamento. A maioria dos tratamentos está no nível de ambiente ou de comportamento. Além das drogas, modificação de comportamento e administração de tempo e espaço são algumas das técnicas ensinadas à pessoa diagnosticada com ADD.

    Eu queria modelar a experiência subjetiva através dos níveis lógicos. Era minha crença que a experiência subjetiva dos estudantes estava dirigindo os sintomas. O que eu descobri, na maioria dos casos, foi uma mente maravilhosa, criativa, QUE ESTAVA FORA DE CONTROLE! A percepção da parte deles era que eles ou não podiam controlar suas mentes ou suas mentes os controlavam. Depois de um tempo, isto tornava-se uma crença sobre suas capacidades. Mais tarde, eles começavam a desvalorizar a escola e a aprendizagem. Na adolescência, eles começavam a desenvolver crenças sobre sua própria identidade de ser "esquisito" ou "diferente".

    Uma boa maneira de vivenciar a mente de alguém que foi diagnosticado com ADD é fazer o seguinte: imagine que você está assistindo a um espetáculo de projeção de vários slides de fotografia, você sabe como é, onde de seis a oito projetores de slides são montados e projetam imagens numa tela. Cada projetor de slide está mostrando um conteúdo diferente. Um pode ser o que você fez no último fim de semana, um outro pode ser o que você vai fazer no próximo fim de semana, um outro pode ser o que está acontecendo agora em volta de você, um outro pode ser sobre algo que o está preocupando neste momento, etc. Agora, imagine que peçam que você relate, verbalmente ou por escrito, o que você está vendo enquanto você está assistindo isto. A exigência do relatório vem de alguém com autoridade. E eles atribuem consequências se você não o fizer bem. Frustrante? Isto é dizer pouco. E é exatamente assim que o estudante com ADD se sente. Agora, para tornar isto ainda mais difícil, imagine que o ritmo da apresentação de slides começa a aumentar, mais e mais rápido. Mas você ainda está tentando relatar o que está vendo. E, como um golpe final na sua sanidade, imagine que os slides começam a aparecer simultaneamente E seu bem estar depende da exatidão de seu relatório. Que tipo de emoções ou sentimentos você acha que pode experimentar? Raiva? Sufocamento? Tensão? Nervosismo? Desorientação? Confusão? Bom, bem vindo ao mundo do estudante com ADD.

    Uma das maneiras que eu uso para verificar se um estudante pode controlar sua mente é dando a ele uma palavra para soletrar bem longa que ele já saiba como grafar. É melhor quando ela tem de duas a quatro sílabas (dependendo da idade do estudante). Eu o ajudo a tornar-se ciente de que ele tem uma imagem interna dela e então o faço soletrar a palavra de trás para a frente, da direita para a esquerda. Uma pessoa que não pode controlar sua mente dirá algo como "eu não consigo controlar a imagem - ela fica desaparecendo!". Uma pessoa que acredita que sua mente a controla exclamará "Minha mente não me deixa fazer isto!". Seja qual for a maneira que respondam me deixa saber que tipo de crenças limitantes eles têm.

    Se eles não conseguem manter a imagem firme, eu tenho que parar e começo a ensiná-los como controlar sua mente. Eu começo ensinando a eles como controlar suas mentes com exercícios simples não escolares. A maneira mais bem sucedida e não ameaçadora é usar itens como animais de estimação, alimentos ou algum outro item concreto que eles gostem e NÃO RELACIONEM COM A ESCOLA. Por exemplo, eu posso pedir que eles me contem qual é sua comida preferida e depois descrevam com o que ela se parece. Quando eles conseguem fazer isto com sucesso (e eu nunca encontrei um que não fosse capaz), eu os ajudo a tornarem-se cientes que eles têm uma imagem interna do que ela se parece. Eu, então, enquanto uso um monte de padrões de linguagem de PNL, começo a abrir a possibilidade que eles podem fazer seus próprios ajustes nas suas imagens internas. Então eu começo a explorar submodalidades com sua imagem interna de uma maçã (por exemplo). Eu os peço para mudar o tamanho, distância, cor, localização espacial, brilho, etc. Durante todo este processo, eu estou sugerindo a eles que esta é a estrutura de como suas mentes funcionam e que eles ESTÃO APRENDENDO A CONTROLAR SUAS MENTES.

    Uma vez que eles conseguem fazer isto com uma maçã, eu os mando fazer com uma pequena palavra impressa na maçã. Eu, às vezes, começo com apenas uma letra, depois duas letras, então três, etc. Eu trabalho especialmente pedindo para fazerem a letra ou palavra maior e/ou mais perto. Depois de um tempo, quando eles podem fazer uma palavra de três a cinco letras grande e perto, eu peço para eles manterem a maçã e palavra firmes enquanto eles me dizem a última letra, então a letra logo antes dela, então a próxima letra e assim por diante. Eu, normalmente, depois os faço colocar uma palavra na maçã que eles não conseguiam soletrar anteriormente de trás para a frente e os faço passar pelo processo de soletrá-la da direita para a esquerda de novo. De repente, eles compreendem que soletraram a palavra de trás para a frente - algo que eles não podiam fazer apenas alguns momentos antes. Eu os faço continuar a soletrar a palavra e outras palavras de trás para a frente várias vezes mais, porque fica mais fácil a cada vez que eles fazem isso. Eles ficam geralmente assombrados e não sabem como pensar sobre a nova experiência. Então, eu uso a oportunidade para trabalhar em suas crenças sobre suas capacidades e identidade, sobre o que significa controlar sua própria mente e sobre escola e aprendizagem.

    Neste ponto torna-se um processo de construir mais exemplos de sucesso. Então, eu dou a eles palavras mais longas e números para fazer imagens e soletrar de trás para a frente até que eles acreditem que eles agora podem controlar suas imagens. Neste ponto eu começo a ensiná-los como aprender e como executar as várias tarefas acadêmicas exigidas deles para terem sucesso na escola ou eu trabalho nos sintomas específicos de ADD e os ensino como controlá-los. Normalmente, depende do "sintoma ADD" estar atrapalhando o aprendizado de como ser bem sucedido na escola e/ou em casa.

    Eu descobri que era necessário fazer trabalhos em vários dos níveis lógicos em vez de apenas nos de comportamento e ambiente. Na verdade, as intervenções naqueles dois níveis inferiores não se sustentariam frente às crenças limitantes nos níveis superiores de capacidades, crenças e valores, identidade e espiritual/sistema maior. Isto explica porque é tão difícil trabalhar com ADD das maneiras tradicionais. Eles estavam tentando solucionar o problema num nível mais baixo de onde estava a "verdadeira questão". Albert Einstein disse uma vez "Você não pode resolver um problema no mesmo nível em que ele foi criado. Você tem que ir para um nível superior".

    Sabendo que a "verdadeira questão" era o sentimento que a mente estava fora de controle e que, portanto, eles não seriam capazes de ser bem sucedidos numa sala de aula normal levou-me a desenvolver maneiras de ensinar aos estudantes a controlarem suas mentes. Uma vez que pude fazer isto, eu pude então ensiná-los estratégias de aprendizagem eficazes. Enquanto estou trabalhando com os estudantes, eu também estou atento para extrair quaisquer crenças limitantes a que possam estar subjugados e ajudá-los a mudar estas crenças para crenças que deem a eles mais autonomia e poder. Os resultados provaram ser absolutamente surpreendentes.

    A transformação destes alunos muito difamados é uma alegria. Na minha opinião, eles são gênios ou quase gênios afinal de contas. Eles têm o tipo de mente que queremos quando desejamos criatividade ou quando estamos em sessões de brainstorming. Eles apenas não conseguem controlar suas mentes e tirar proveito de seu próprio potencial. Assim, uma vez que eles sabem como usar suas mentes para seu proveito, eles liberam aquele potencial enorme para tornarem-se o que quer que queiram ser.

    Resumo

    Na minha opinião, nós na educação gastamos tempo e esforço demais teorizando SOBRE educação e distanciando-nos do processo de aprendizado real. Nós empilhamos palavras em cima de palavras, palavras maiores sobre palavras maiores e enterramos o que tem que acontecer nas mentes dos alunos a fim de que a aprendizagem de sucesso ocorra. Estas teorias parecem boas e são necessárias, mas não se traduzem em ações no nível onde a ajuda é necessária - no nível da experiência subjetiva. A boa notícia é que a PNL funciona no nível da experiência subjetiva. ISTO É O QUE NÓS, PRACTITIONERS DE PNL, FAZEMOS! Assim, a aplicação de PNL na educação é uma oportunidade magnífica para profissionais de PNL. Nós temos a atitude, o conjunto único e específico de habilidades e as crenças e pressuposições que ajudarão a resolver os problemas persistentes de nossos sistemas educacionais. A necessidade é enorme. Os resultados com os estudantes são transformadores. Uma vez que estes estudantes estejam formados, o efeito em nossas culturas e sociedades também serão transformadores. Nós estaremos verdadeiramente usando a PNL para fazer do mundo um lugar melhor para se viver.

    Publicado na Anchor Point de junho de 1999 e no Golfinho impresso AGO/99 nº55
    Trad. Hélia Cadore
    Revisão: Maria Helena Lorentz

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